Pauta:

  • Contribuição Negocial
  • Acordo Coletivo

Conforme publicamos no boletim 65_24, as negociações com a reitoria avançaram pouco em relação às necessidades reais da categoria. A reitoria insiste na cobrança absurda das horas referente às pontes de feriado e recesso, o que faz com que os trabalhadores adoeçam cada vez mais. Além disso, a sobrecarga de trabalho provocada pela ausência de contratações suficientes para recompor o quadro funcional das unidades levam muitos trabalhadores a acumular horas de trabalho e no final de setembro não terem direito ao justo pagamento das horas extras, situação ainda mais grave entre os funcionários motoristas e do hospital. A exigência da reitoria para zerar o banco de horas para quem tem horas positivas levam muitos trabalhadores a trabalharem de casa, quando deveriam usufruir dessas horas descansando. 

O descaso da reitoria com a saúde do trabalhador segue sendo absurdo, com as limitações de consultas para tratamento com psicólogos, fisioterapia, entre outros. Nesse sentido, é preciso deixar claro que os avanços são tímidos, insuficientes para as nossas demandas. A reitoria propõe que o acordo se estenda por dois anos. Mas, para arrancar todas as nossas demandas é fundamental nossa mobilização, pois a reitoria não tem, nem nunca teve, interesse em enxergar os trabalhadores como portadores de direitos. Todas as nossas conquistas são frutos das lutas. É preciso retomar o caminho das lutas que fortaleceram nossa categoria.

Debatemos no 8º Congresso de Trabalhadores e ao longo dos últimos meses a Contribuição Negocial.

Essa contribuição deve servir exclusivamente para saldar a atual dívida do sindicato com o governo, dívida acumulada por anos provocada pela enorme perseguição que nosso sindicato sofreu e a queda do número de sócios, especialmente após o PIDV. Por isso, chamamos a categoria, em primeiro lugar, a se filiar ao SINTUSP e fortalecer nosso sindicato. 

No boletim 66, publicado no dia 20/09, publicamos a nossa proposta de cláusula para a Contribuição Negocial, dirigida aos não sócios, do qual fazemos um chamado para que aceitem contribuir com nosso sindicato. São 2% por ano, em 2024 e 2025 unicamente. A cobrança se dará nos pagamentos dos meses de outubro e novembro de 2024 e março e abril de 2025. Reforçamos o caráter excepcional da medida, para a finalidade exclusiva de saldar a dívida do sindicato com a União e estabelecer um pequeno fundo de greve.

“Frente  à situação gravíssima do sindicato, que por sua crise financeira acumulou uma dívida referente a encargos trabalhistas dos funcionários do sindicato, e que essa situação é inaceitável e precisa ser revertida urgentemente, decidimos implementar em caráter totalmente excepcional a cobrança da contribuição negocial para o conjunto dos funcionários da USP, preservado o direito individual de recusa, de modo temporário e limitando o período e valor da arrecadação desta contribuição exclusivamente ao que corresponda ao pagamento desta dívida e à constituição de um fundo de greve, que só possa ser movimentado estritamente para despesas relacionadas à greve e após sua deflagração.” 

Chamamos todas e todos a comparecerem à assembleia para votar o Acordo Coletivo de Trabalho, a Contribuição Negocial bem como os ataques aos trabalhadores e nosso plano de lutas para o próximo período.