Nesta quarta realizamos um importante Ato em frente à reitoria para exigir a revogação imediata das cláusulas excludentes da Portaria 8607, que impediram que vários funcionários pudessem concorrer à progressão na Carreira. Nossa exigência é que sejam retirados os critérios de corte, possibilitando que todas e todos tenham o direito de concorrer. Além disso, é fundamental que os funcionários tenham o direito de recorrer dos resultados das avaliações de suas chefias.

Desde a publicação desta portaria ficou explícito que toda a conversinha da reitoria de avaliação 360 graus, de visão ampla do desempenho funcional e aquele blah blah blah todo era história pra boi dormir, pois no final das contas, como sempre, foi somente a avaliação da chefia que teve o poder de sozinha definir se o funcionário poderia concorrer ou não. No caso dos que estão enquadrados no nível 1, as chefias tiveram ainda o poder de definir se a progressão poderá ser horizontal ou vertical. Como sabemos, o processo foi todo atrapalhado, com prazos curtíssimos, linguagem sem sentido e questões que praticamente não respondem ao trabalho realmente desenvolvido. Isso contribuiu para que muitas chefias tivessem dificuldades de avaliar os funcionários, e as consequências da escolha de uma opção ou outra na avaliação não estavam dadas desde o início. Além disso, a USP é campeã em casos de perseguição, assédio moral ou mesmo falta de profissionalismo nas relações de trabalho. Com isso, tivemos vários casos de avaliações absurdas por parte das chefias. Considerar somente essas avaliações para definir o futuro dos funcionários é absurdo. Ou, em outras palavras, um Escárnio!

No ato tivemos a presença de trabalhadoras (es) de várias unidades, que relataram publicamente no carro de som, ou em conversas informais os vários absurdos que estão ocorrendo nas unidades. Isso reforça a necessidade de irmos pra cima e seguirmos nossa organização e mobilização para que todas (os) possam participar do processo de progressão. Não pode ser que apenas o reitor defina os critérios e não aceite discutir com ninguém!

A reitoria supostamente democrática demonstrou uma vez mais sua faceta autoritária. Durante o ato, solicitamos que uma comissão do sindicato fosse recebida pela reitoria. O sr. Carlotti simplesmente ignorou nossa solicitação, o que, aliás, não é nenhuma novidade, infelizmente. Esta “carreira” foi toda construída de forma unilateral, sem nenhuma conversa e negociação com o sindicato.

A Copert (Comissão Permanente de Relações do Trabalho) praticamente não se reuniu neste ano, com exceção de duas ou três reuniões durante a negociação do Acordo Coletivo. A CCRH, que é a Comissão Central de Recursos Humanos, levou mais de um ano pra ter seus membros empossados, e até agora teve pouquíssimas e infrutíferas reuniões. Isso demonstra o descaso desta gestão com os trabalhadores, o desrespeito e a falta de diálogo.

Como nossa experiência demonstra, a única maneira de dobrar reitores e burocratas autoritários é através da nossa luta! Na reunião de negociação salarial deste ano, com uma ligeira ameaça de ocupação o reitor recuou rapidinho e aumentou a proposta de reajuste. Temos que seguir nossa organização e irmos pra Luta!