Pelo cronograma que havíamos acertado com a Copert, o Acordo seria assinado na segunda, dia 30. Para nossa surpresa, no entanto, na manhã da segunda fomos chamados para uma reunião emergencial na qual o Prof. Wilson, do DRH, e o Prof. Antônio Freitas, da FD e membro da Copert, informaram-nos que Procurador Geral emitiu um parecer sobre a minuta do Acordo questionando alguns pontos sobre a Contribuição Negocial, e que com isso teríamos que fazer modificações de última hora para que o Acordo pudesse ser assinado.

O que chamou a atenção é que todos os termos foram apresentados com antecedência e discutidos na mesa de negociação. Na Copert, inclusive, participam dois Procuradores Gerais, que estão lá justamente para fazer os apontamentos jurídicos da parte da administração. Em todo o processo de negociação não houve objeções da reitoria a nenhum dos pontos que apresentamos, e já havíamos incorporado os ajustes que eles propuseram. Daí, de última hora, o Procurador Geral quis passar por cima do que já havia sido negociado, com um parecer que sequer nos foi dado acesso. Pelo pouco que nos foi apresentado desse parecer durante a reunião, ficou explícito que se tratava de algo muito mais político do que propriamente jurídico. Ou seja, foi uma tentativa da Procuradoria de interferir na negociação feita na Copert.

É curioso que em mais de uma ocasião tivemos reuniões tensas da Copert, com os membros da reitoria nos dando “broncas” por termos divulgado em tempo real o conteúdo da discussão que ocorria na reunião, alegando que isso quebraria as relações de confiança. Quer dizer que dar publicidade de discussões seria uma quebra de confiança, mas a Procuradoria Geral tentar intervir na negociação de última hora é o que?

Por responsabilidade com a categoria, decidimos na diretoria manter a assinatura do Acordo Coletivo, mas consideramos essa postura da Copert e da Procuradoria Geral um enorme desrespeito, e até mesmo uma ação antissindical!