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Os trabalhadores e trabalhadoras do INSS completaram mais de 70 dias de uma aguerrida greve contra a proposta de desestruturação da carreira, o reajuste salarial zero em 2024, a precarização das condições de trabalho, a política de metas e de gestão de desempenho implementada pelo governo Lula no serviço público.

A greve tem sido alvo, desde o seu início, de um feroz processo de criminalização promovido pelo Governo Lula e pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Os/as trabalhadores/as grevistas tiveram seus salários cortados, sem qualquer negociação com as entidades sindicais e com o Comando Nacional de Greve da FENASPS. O STJ, a pedido do governo federal, decretou a ilegalidade da greve e aplicou multas pesadas a FENASPS e outras entidades sindicais. Mais recentemente o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, tentou por duas vezes determinar o lançamento das faltas de greve, como faltas injustificadas, abrindo caminho para processar e demitir os grevistas por abandono de emprego. Além de outras inúmeras praticas antissindicais, promovidas por um governo, que disse publicamente, que não haveria punição a servidores em greve. Felizmente, a pressão da greve e as ocupações promovidas pelos servidores no gabinete da presidência do INSS reverteram parte das decisões absurdas de Stefanutto contra os/as grevistas.

A greve vive um momento decisivo, tendo em vista, que o governo Lula, assim como fez com as entidades da educação federal, quer impor uma proposta de desestruturação das carreiras do INSS e uma reforma administrativa, através de mecanismos produtivistas, além de manter a política de arrocho salarial, com 0% de reajuste em 2024 e nenhuma proposta financeira aos aposentados e pensionistas neste ano. Para impor esse projeto aos servidores/as do INSS, Lula conta com apoio de entidades sindicais de fachada, submissas ao governo federal, que assinaram um acordo com o governo sem consultar os trabalhadores do INSS, ou então, simplesmente ignoraram as decisões das assembleias de base, contrárias a assinatura do acordo.

Lula demonstra mais uma vez seu compromisso com os grandes empresários e segue com a política de precarização e sucateamento dos serviços públicos, aplicando um duro arcabouço fiscal. O Sintusp, Sindicato dos Trabalhadores da USP, filiado à Central Sindical e Popular CSP-Conlutas se solidariza totalmente com a greve dos servidores/as do INSS e chama o conjunto do movimento sindical, popular os/as ativistas da classe trabalhadora a promover uma campanha de solidariedade a greve.

Exigimos do governo federal que cesse as práticas antissindicais e garanta um legítimo processo de negociação com a FENASPS, atendendo as justas reivindicações da categoria, que luta para defender a valorização dos serviços e servidores públicos!

  • Todo apoio a greve dos servidores do INSS!
  • Lutar é um direito! Pela imediata abertura das negociações!
  • Pelo atendimento de todas as reivindicações!