A renovação do Acordo Coletivo vem aí. É necessário sinalizar ao DRH, CODAGE e COPERT o desrespeito ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), ao desvalorizar a maioria dos motoristas da USP, com uma política que rompe com o princípio administrativo da igualdade e o zelo com o bem público, ao concederem “autorização para dirigirem carros da universidade” para quem não foi contratado para esta função, inclusive “estagiários”, dos quais não é exigido habilitação profissional, exames toxicológicos e outros requisitos necessários para o desempenho da função profissional.

Temos que ficar antenados, pois agora com alteração de dispositivos da Resolução Nº 8423, de 10 de maio de 2023, editada na Resolução Nº 8675 de 26 de agosto de 2024, que disciplina no âmbito da USP a prestação de serviço voluntário, poderemos também termos voluntários dirigindo a frota de veículos da universidade, por custo de “caqui em época de temporada” e sem pagamento de horas extras.

Desrespeitam o Acordo Coletivo de Trabalho, quando exigem dos motoristas do POOL que trabalhem horas além das permitidas na jornada diária, acumulando quantidade excessiva de horas positivas no Banco de Horas e agora quando está chegando ao final do Acordo, afastam (até 3 meses) os que têm excesso de horas “a compensar”, tudo para a USP não pagar horas extras, enquanto os motoristas da reitoria e de outras unidades (também com excesso de horas), recebem horas extras. Em todas as reuniões da COPERT, um professor, que demonstra ser entendido em direito, exige do sindicato o respeito aos “princípios administrativos”, mas não exige dos organismos da universidade o “princípio da igualdade e da boa fé”, desrespeitando o Acordo Coletivo de Trabalho. Desde a assinatura do primeiro ACT, o sindicato exige a negociação de um Capítulo especial para os motoristas, mas DRH, CODAGE e COPERT se negam, pois aqui está o “pulo do gato”: muita exploração em horas extras, que não são pagas e muito dinheiro economizado pela reitoria, acumulando caixa com mais de 5 bilhões de reais. Os homens são capitalistas e patrões mesmo e muito pouco gestores públicos e defensores do serviço público.