VOTE NOS TRÊS CANDIDATOS APROVADOS PELA NOSSA ASSEMBLEIA

ATENÇÃO:
A VOTAÇÃO SERÁ ON-LINE POR LINK ENVIADO PELA SECRETARIA GERAL DA USP

No dia 19 de agosto, ocorrerá a eleição para os representantes de funcionárias(os) no Conselho Universitário (CO). O CO é a instância máxima de decisões da USP e é um espaço completamente antidemocrático, em que os funcionários e estudantes têm uma representação ínfima. Mesmo sendo quase 13 mil trabalhadoras e trabalhadores efetivos – para não falar de milhares de trabalhadoras(es) terceirizadas(os) – temos apenas três representantes em um universo de mais de 100, em sua esmagadora maioria: professores titulares!

A eleição do Conselho Universitário (CO) desse ano ocorre em um momento em que continua avançando o desmonte da educação pública e o projeto privatista de universidade, que vem sendo imposto pela reitoria e pelo governo com o aval do CO. Esse projeto, alinhado com as gestões anteriores e agora reforçado pelo governo Tarcísio, no marco da chamada responsabilidade fiscal do governo Lula-Alckmin, visa atrelar cada vez mais a USP ao mercado, às empresas e ao capital privado.

A política de inovação da USP, que se apoia no Marco Legal da Ciência, avança para transformar a universidade em uma peça subserviente aos interesses do mercado. A gestão dos fundos patrimoniais é um exemplo claro disso, servindo como uma via de entrada de dinheiro privado, comprometendo a autonomia universitária e moldando o futuro da USP de acordo com interesses alheios à comunidade acadêmica.

Estamos assistindo a um cenário de sucateamento, precarização e ataques diretos aos nossos hospitais, às condições de trabalho e estudo. Exigem de nós uma maior produtividade, enquanto o número de estudantes e cursos cresce sem que haja uma correspondente contratação de novos funcionários. Enquanto se fala em “política de inclusão”, a terceirização avança e dentro da universidade de excelência que sobe nos rankings internacionais se mantém a segregação das mulheres, em sua maioria negras, que são impedidas até mesmo de usar o mesmo ônibus e excluídas da esmagadora maioria dos espaços da universidade e tanto funcionários quanto docentes são pressionados a produzir mais em um ambiente cada vez mais adverso.

Os ataques não param por aí. Os estudantes, que são a razão de ser da universidade, sofrem com a falta de professores, falta de permanência estudantil adequada a demanda e uma estrutura que privilegia o mercado em detrimento do ensino público e de qualidade. Tudo isso é aprovado em um espaço antidemocrático como o CO, que impõe políticas como os parâmetros de sustentabilidade sem ouvir a voz daqueles que verdadeiramente sustentam a universidade: os trabalhadores e todo o povo pobre.

É por isso que é fundamental elegermos representantes comprometidos com os interesses dos trabalhadores. Precisamos de vozes que denunciem esse projeto de universidade que nos é imposto e coloquem suas candidaturas a serviço de defender as reivindicações aprovadas nas assembleias e de fortalecer a nossa luta. Precisamos fortalecer a mobilização fora do CO, construir a força para arrancar uma estatuinte livre e soberana com a dissolução do Conselho Universitário e por voto universal, onde cada membro da comunidade acadêmica conte como um voto e que tenha representantes de organizações de trabalhadores e populares.

Nossa luta não é apenas contra o projeto da reitoria ou do governo Tarcísio, mas sim uma luta mais ampla que envolve a união entre trabalhadores, estudantes e professores para defender uma universidade pública, gratuita e de qualidade. Uma universidade que sirva aos interesses da maioria da população, o povo trabalhador e pobre e não aos interesses do mercado.

Por essa razão, chamamos todos os trabalhadores da USP a se mobilizarem, a votarem nos representantes aprovados pela assembleia de trabalhadores e a se unirem nessa batalha. Lutemos juntos!

  • Em defesa da educação pública, gratuita, laica e de qualidade!
  • Recomposição de todas as perdas salariais. Contratação de funcionários para todas as áreas! Em defesa dos hospitais universitários, creches, restaurantes, prefeituras e setores que estão sendo precarizados! Em defesa dos terceirizados e da permanência estudantil.

Por uma Estatuinte Livre e Soberana!! As decisões devem ser tomadas democraticamente: dissolução desse órgão antidemocrático que é o CO para que cada estudante, trabalhador e professor possa decidir os rumos da universidade.