Hoje, 25/6, a categoria se reuniu em assembleia para debater a proposta da reitoria em relação à pauta específica. Depois de uma negociação que teve direito à chilique do presidente da Copert e de uma proposta inicial que era um escárnio com a categoria, que sofre com arrocho salarial, sobrecarga de trabalho e adoecimento mental, a reitoria ofereceu uma contraproposta de reajuste do VA de R$ 1290,00 (atualmente o valor é de R$ 1090,00) e diminuição do desconto do VR que hoje é de 20% sobre R$45,00 e passará à 1% de R$45,00, ou seja, se mantém o valor nominal do VR, mas o desconto em folha passa a ser de R$0,45 ao invés de R$ 9,00 como era até o momento. 

Em todas as falas foi remarcado o descaso da reitoria com os trabalhadores e a discrepância entre a generosidade da USP com o alto escalão e os empresários e a forma como as demandas mais sensíveis e elementares da categoria são tratadas. Além disso, foi lembrado que a USP se nega a reajustar os vales de acordo com nossas perdas, mas mantém um caixa bilionário conseguido graças ao congelamento de contratações e arrocho nos salários.

Ou seja, mesmo com dinheiro sobrando e com a arrecadação sendo superior ao previsto, a reitoria tomou a decisão de manter muito abaixo do reivindicado nossos vales e se recusa a atender a demanda para a valorização dos pisos iniciais com o pagamento do fixo de R$1200,00 que reivindicamos.

Isso demonstra que é uma decisão da reitoria da USP precarizar as condições de vida e de trabalho dos funcionários da USP. Assim como segue sendo uma escolha da USP avançar na terceirização negando direitos elementares às trabalhadoras terceirizadas como o de igualdade de direitos e salários em relação aos trabalhadores efetivos e até mesmo o direito de ir e vir ao não conceder o BUSP a todas as terceirizadas.

Essa postura intransigente da reitoria se soma ao descaso com a saúde física e mental dos trabalhadores, que adoecem a cada dia com o assédio moral e a sobrecarga de trabalho. 

Trabalhadores do CSEB, HU, HRAC estão sofrendo assédio constante de chefias enquanto veem os aparelhos de saúde da USP sendo sucateados ou entregues a fundações privadas que lucram às custas de perseguir trabalhadores e precarizar o atendimento à população.

Por entender que para os trabalhadores que já estão prejudicados com as políticas salariais da USP a assembleia aceitou a contraproposta da COPERT, mas deixou claro que não é o bastante. Temos a tarefa urgente de mobilizar nossas fileiras para impor a abertura de negociações pela nossa pauta unificada com professores e estudantes das três universidades estaduais e pela totalidade da nossa pauta específica. Por isso, foi aprovado chamar um ato no retorno às aulas, em agosto, para relembrar o reitor de que os trabalhadores da USP são parte fundamental da universidade e que vão lutar em defesa da educação e dos seus direitos junto aos estudantes e professores.

O caminho da luta é o único que pode garantir nossas demandas. Temos que batalhar pelas nossas pautas para enfrentar a reitoria e seus carrascos nas negociações do acordo coletivo. Para isso, é fundamental reuniões de unidade para debater as tarefas da mobilização fortalecendo as atividades do sindicato.