Hoje, 3ª feira, é dia de Paralisação das(os) funcionárias(os) do HRAC!
Nesta terça-feira, 13/9, as(os) funcionárias(os) do HRAC, mais conhecido como Centrinho de Bauru,
paralisarão suas atividades para exigir respeito da superintendência e da reitoria! Essa proposta foi
aprovada por consenso na histórica assembleia realizada na semana passada, na qual participaram quase 300 trabalhadores do Centrinho, após a definição de um prazo curto para assinatura ou não do termo de anuência, através do qual a reitoria quer ceder os funcionários para que trabalhem subordinados à FAEPA, fundação privada que irá gerir o HC de Bauru.
Essa paralisação é um passo muito importante na dura luta que estamos travando desde 2014 contra a desvinculação do HRAC. A reitoria dizia que nada aconteceria aos funcionários, mas agora estamos vendo
que isso não é verdade. A situação dos trabalhadores do Centrinho é de muita incerteza e insegurança quanto ao futuro do Hospital e das suas atividades, pois a superintendência e a reitoria, em nítida demonstração de desrespeito e autoritarismo, querem passar tudo goela abaixo e a toque de caixa, sem abrir nenhuma negociação com os trabalhadores. Sequer se propuseram a discutir democraticamente os termos da transição.
Por tudo isso, os funcionários irão paralisar suas atividades nesta terça, exigindo da superintendência e da
reitoria que recebam os trabalhadores e que estabeleçam uma comissão paritária, com representantes escolhidos pelos funcionários em assembleia, para discussão das garantias e dos detalhes da transição. Isso é o mínimo que exigimos!
Essa luta seguirá também em conjunto com pacientes e a população para salvarmos o Centrinho, revertendo sua incorporação ao HC de Bauru e consequentemente sua entrega a uma Fundação Privada!
O Centrinho é da USP! Não à desvinculação!
Carlotti defende a democracia para os outros, mas aqui nega-se a pautar o HRAC!!!
Conforme já denunciamos em outros boletins, a atual reitoria faz um discurso público em defesa da democracia, realizou inclusive um evento para pensar o Brasil e tudo mais. No entanto, para dentro, pouca coisa mudou quanto ao tratamento oferecido aos funcionários.
Na Copert, até hoje, pouco conseguimos avançar nas nossas demandas. A reitoria sequer recebeu o sindicato para negociar diretamente nossa pauta específica ou qualquer outra questão, sempre delegou para a Copert, para a Codage ou para a chefia de gabinete.
Um outro nítido exemplo de falta de diálogo democrático é a situação do HRAC. Desde o início do ano, contando com manifestações da população em geral, parlamentares, entidades sindicais e familiares de
pacientes, tentamos pautar a rediscussão sobre a desvinculação do Centrinho junto ao Conselho Universitário. O reitor declarou que se negava a pautar. Colhemos mais de 30 assinaturas de membros do
Conselho para pautar o tema, mas ainda assim a reitoria escudou-se em suposto argumento burocrático para ignorar a solicitação. Com isso, a reitoria seguiu a toque de caixa o projeto inicialmente traçado de entregar o Centrinho para uma fundação privada. Curiosamente, a fundação que ganhou o chamamento público para gerir o HC de Bauru e o HRAC foi justamente a FAEPA, que é a Fundação da Faculdade de Medicina de Ribeirão, unidade da qual saíram o Zago, que aprovou a desvinculação em 2014, e também o Carlotti, que agora a sacramenta!