Trabalhadores da Prefeitura do Campus arrancam garantia de exames periódicos e acompanhamento das condições de saúde!
Nos últimos dias, os trabalhadores da Prefeitura do Campus da Capital protagonizaram uma importante luta em defesa da Saúde e da Vida. Após a perda recente de dois companheiros, vítimas de infarto, sendo um deles durante o trabalho, os funcionários transformaram o luto em Luta e decidiram paralisar as atividades exigindo uma resposta imediata da Superintendência de Saúde acerca do acompanhamento de saúde, considerando que há anos não eram realizados os exames periódicos. Essa questão já havia sido levantada pelo Sintusp junto à Copert: relatou-se a defasagem na realização desses exames para toda a universidade, bem como denúncias de que ao invés de exames, estavam sendo realizadas apenas consultas clínicas (em muitos casos, sem sequer a aferição de itens básicos como a pressão arterial). Além disso, os médicos do trabalho teriam relatado que estavam proibidos de solicitar exames complementares.
Com a luta dos companheiros, foi realizada uma primeira reunião na quarta-feira, 27/7, com a prefeita do Campus, que basicamente expressou concordância com as reivindicações e disse que já estava em contato com a superintendência de saúde, que havia encaminhado uma relação com os nomes dos funcionários. Diante disso, na quinta-feira, os trabalhadores foram à caça do superintendente de saúde, professor Paulo Lotufo, que após muita pressão, recebeu de imediato uma comissão de trabalhadores, acompanhados de alguns membros da diretoria do sindicato, para discutir a questão.
Ao final, o Professor Lotufo garantiu que ao longo do mês de agosto realizará o acompanhamento dos funcionários da prefeitura. No dia 8 de agosto, ele realizará uma reunião com todos para explicar os procedimentos. Nesse meio tempo, a SAU vai fazer um levantamento da situação de saúde dos funcionários através dos prontuários médicos do SESMET, do HU e do projeto ELSA (para os que estiveram inscritos no programa), e também de formulários que serão preenchidos pelos funcionários. Com base nisso, será estabelecida uma escala de atendimentos com ordem de prioridade, que serão realizados até o final do mês de agosto. Após essa proposta, os trabalhadores, em reunião de unidade, decidiram por suspender a paralisação até que a proposta seja colocada em prática.
Queremos parabenizar os funcionários da prefeitura por essa grande luta, que fica de exemplo para todos os trabalhadores da Universidade. Afinal, essa proposta da SAU é um paliativo, mas o problema continua, pois não é uma questão somente da Prefeitura do Campus, mas de toda a Universidade. Isso reforça que o caminho para termos nossos direitos atendidos é a organização e a Luta!